IEG-M 2025: prazos apertados expõem a falta de planejamento

Publicação feita em 07/05/2025 — artigo atualizado em 10/12/2025

O problema não está no prazo, mas na falta de rotina, monitoramento e organização ao longo do exercício. O envio das informações, geralmente realizado entre dezembro e março, é apenas a etapa final de tudo o que foi planejado, executado e acompanhado durante o ano.

Sem um acompanhamento sistemático, a prestação de contas se transforma em acúmulo de pendências, retrabalho e riscos desnecessários, especialmente no resultado do Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEG-M).

Os riscos de deixar para depois

Adiar a organização das informações e evidências traz consequências diretas para a gestão municipal. O impacto não se limita ao estresse das equipes, mas atinge a consistência dos dados e a credibilidade da administração.

  • Registros incompletos ou perdidos: ações realizadas no início do ano podem ficar sem comprovação. Sem um sistema de registro contínuo, recuperar informações dez meses depois é ineficiente e, em muitos casos, impossível.
  • Sobrecarga e erros: quando o trabalho é concentrado no último trimestre, a equipe técnica enfrenta pressão excessiva. Isso aumenta a probabilidade de falhas, omissões e inconsistências nas informações enviadas ao Tribunal.
  • Falta de tempo para correções: sem acompanhamento mensal dos indicadores, a gestão perde a chance de identificar falhas e implementar ajustes a tempo. Um problema detectado em setembro dificilmente pode ser revertido até o fim do exercício.
  • Pontuação reduzida no IEG-M: todos esses fatores impactam diretamente na avaliação da efetividade da gestão, comprometendo o desempenho do município e, em alguns casos, limitando o acesso a convênios, parcerias e financiamentos públicos.

Deixar o planejamento para a última hora é mais do que um erro administrativo, é desperdiçar a oportunidade de usar os dados como instrumento de aprimoramento da gestão pública.


Um questionário para diagnóstico da gestão

O IEG-M avalia a qualidade das políticas públicas e a capacidade de execução da administração em sete dimensões:
Educação, Saúde, Planejamento, Gestão Fiscal, Meio Ambiente, Proteção dos Cidadãos e Governança em TI.

Mais do que um simples formulário, o IEG-M é uma ferramenta de diagnóstico que permite ao município compreender onde estão seus pontos fortes e onde é necessário evoluir.

O TCE não avalia apenas o que foi respondido no questionário, mas como as políticas foram executadas.
Por exemplo:

  • O i-Fiscal depende da execução orçamentária e do equilíbrio financeiro mantido durante todo o ano.
  • O i-Planejamento exige comprovação de metas alcançadas e monitoradas mês a mês.
  • A Governança em TI considera a estrutura digital implantada e as práticas de transparência adotadas pela gestão.

Tratar o IEG-M como uma mera obrigação anual é desperdiçar seu verdadeiro valor. Ele deve ser visto como um aliado estratégico na tomada de decisões e no aprimoramento da gestão pública municipal.


Vantagens de um acompanhamento contínuo

Os municípios que adotam uma postura proativa no monitoramento dos indicadores conquistam ganhos significativos:

  • Maior precisão das informações: registrar e organizar os dados no momento em que as ações ocorrem garante integridade e confiabilidade.
  • Melhores resultados no IEG-M: o acompanhamento constante permite corrigir desvios, fortalecer áreas críticas e consolidar boas práticas.
  • Menos estresse, mais eficiência: distribuir o trabalho ao longo do ano reduz a sobrecarga das equipes e melhora a produtividade.
  • Gestão mais estratégica: os dados passam a ser utilizados para orientar políticas e investimentos, e não apenas para cumprir uma exigência burocrática.

Além disso, esse modelo promove transparência e segurança jurídica, fortalecendo a confiança entre gestores, servidores e sociedade.


Como colocar isso em prática

Com ela, é possível:

  • Centralizar informações de todos os eixos do IEG-M em um único ambiente;
  • Acompanhar os indicadores em tempo real;
  • Identificar gargalos e planejar ações corretivas de forma imediata;
  • Descentralizar responsabilidades, garantindo que cada área contribua com o resultado geral.

Dessa forma, o envio em dezembro deixa de ser uma corrida contra o relógio e se torna a consequência natural de um ano bem planejado, executado e monitorado.


O futuro da sua prestação de contas começa agora

A prestação de contas de 2026 refletirá exatamente o que foi feito, ou deixado de fazer, ao longo de todo o ano de 2025.

Este é o momento ideal para repensar a forma de gestão e planejar o futuro do município. Se o processo atual está difícil, isso indica uma oportunidade de aprimorar rotinas, fortalecer equipes e adotar soluções que facilitem o acompanhamento contínuo.

A Insight Público pode apoiar essa evolução em 2026.

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